As 2.377 instituições de ensino superior no País disponibilizaram 3.120.192 vagas em seus vestibulares. Mas, os matriculados foram 1.590.212
12.11.2011| 01:30
No ano passado, quase metade, 49%, das vagas de ingresso para novos estudantes oferecidas pelas universidades, centros universitários e faculdades do país deixou de ser preenchida. De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2010, divulgado esta semana pelo Ministério da Educação (MEC), as 2.377 instituições de ensino superior disponibilizaram 3.120.192 vagas em seus processos seletivos. Mas, o número de matriculados registrados foi de 1.590.212.
De 1,5 milhão de oportunidades de acesso sem preenchimentos em 2010, a maioria era de estabelecimentos particulares. Ainda assim, sobraram 36 mil vagas nas instituições públicas, especialmente nas municipais. O secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, reconhece que é preciso melhorar o aproveitamento das vagas das instituições extrafederais.
“As instituições municipais passam por algumas dificuldades. Estamos elaborando um programa para que a gente possa apoiar as instituições públicas que não são federais e passam por dificuldades de financiamento ou infraestrutura. Com esses problemas, às vezes elas têm dificuldades para atrair o estudante”, explicou Costa.
Sobre a ociosidade das vagas do sistema de ensino como um todo, ele avalia como positivo. “É bom que o Brasil tenha um grande número de vagas porque ele está preparado para a expansão”, defendeu.
Para a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), representante do setor privado, a explicação para a grande quantidade de vagas sobrando é que parte das instituições solicita ao MEC autorização para um número maior de lugares do que pretende de fato preencher.
Isso ocorre especialmente no caso das faculdades sem autonomia para abrir novas vagas e inflam esse número para não ter que solicitar outra autorização caso queiram ampliar a oferta.
Em termos absolutos, é na região Sudeste que sobram mais vagas de ingresso: 886 mil, de 1,6 milhão disponíveis, a maior oferta do País. Mas é no Centro-Oeste que há a maior proporção de lugares não preenchidos, 53%. Já as instituições do Norte têm melhor aproveitamento: 63% das vagas foram ocupadas em 2010. (da Folhapress)
ENTENDA A NOTÍCIA
O número é preocupante, por um lado, mas, por outro, o que realmente parece fundamental é que os jovens brasileiros interessados em cursar o ensino superior encontrem todas as condições para levaram adiante o sonho de um futuro melhor.
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